“A greve dos professores em Piritiba é meramente política”. As palavras partem de Ivan Cedraz (PSB), prefeito eleito para administrar a cidade localizada na Chapa Diamantina. Os professores da rede municipal resolveram cruzar os braços, na última terça-feira (27), e a previsão é que a mobilização prossiga até amanhã (30), data que marca o Dia Nacional de Paralisação da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Por meio de nota oficial, o SINDSEMP - Sindicato dos Servidores Municipais de Piritiba – informou que o objetivo é sensibilizar o prefeito para o cumprimento na íntegra do Plano de Cargos e Salários do Magistério, e que também sejam revistas as perdas salariais que os docentes vêm acumulando.

As justificativas apresentadas pelo sindicato para a suspensão das aulas nas unidades de educação do município não foram aceitas por Cedraz, que acusa Eucleide Nascimento Lima, uma das diretoras do SINDSEMP, como a responsável por utilizar a categoria como massa de manobra contra a sua administração.

“Ela foi uma grande adversária política que tive em minha campanha. Apoiava irrestritamente o prefeito anterior e agora que comecei a apertar o cerco ela utiliza desse artifício para prejudicar o trabalho de toda uma equipe e, principalmente, das crianças que precisam estudar”, explica o gestor.

De acordo com o prefeito, ele recebeu a educação de Piritiba em situação complicada, mas mesmo assim o grupo que seria liderado por Eucleide nunca se manifestou contra a administração passada. “Ela é aliada política do ex. Durante os anos de governo dele os professores nunca fizeram qualquer mobilização, mas nos meus primeiros meses de mandato já querem que eu aprove o Plano de Cargos e Salários”, justifica.

Cedraz também faz graves acusações contra a diretora do SINDSEMP. De acordo com o gestor, Eucleide recebia do ex-prefeito vária benefícios pessoais como ajuda de custo para o transportes sendo que ela mora, segundo Cedraz, à 100 metros da escola em que trabalha. “Fiz cortes no contracheque dela e de muitos outros professores. Ela recebia um salário que ultrapassava os R$ 4 mil, sendo que temos docentes que não recebem nem o piso. Cortei 50% do salário dela e por isso essa retaliação. Tenho como provar cada palavra”.

A reportagem do Bocão News tentou manter contato com o SINDSEMP e com Eucleide Nascimento Lima para comentar as acusações, mas os números disponibilizados não foram atendidos.

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Fonte: Bocão News

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