O deputado federal Amauri Teixeira (PT/BA) participou na tarde desta terça-feira (15/10) de audiência pública para discutir diretrizes para a promoção da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra – PNSIPN e a utilização de células-tronco em pacientes com anemia falciforme. A reunião aconteceu na Comissão de Seguridade Social e Família a partir dos requerimentos dos deputados Erika Kokay (PT-DF) e Colbert Martins (PMDB-BA).

Participaram do debate a representante da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (SEPIR), Angela Maria de Lima Nascimento, o Chefe do Departamento de Cirurgia Experimental e Especialidades da Universidade Federal da Bahia, Gildásio de Cerqueira Daltro; a representante da ONG Criola, Maria Aparecida de Assis Patroclo; e Denise Maria Rodrigues Costa, representante do Ministério da Saúde. 

Amauri demonstrou estar preocupado com o assunto e citou como exemplo o estado da Bahia, “Eu e Benedita da Silva promovemos na Bahia um seminário para discutir a anemia falciforme que tem uma alta incidência no estado, hoje não há no interior do estado órgãos capazes de diagnosticar a doença, por isso a necessidade da parceria entre as secretarias, hospitais e clinicas”, destacou ele.

O Ministério da Saúde instituiu no dia 13 de maio de 2009, a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra – PNSIPN, por meio da portaria GM/MS n° 992. O documento baseia-se nas diretrizes do Governo Federal para a inclusão social, bem como nos princípios e diretrizes de universalidade, equidade, integralidade e participação social do Sistema Único de Saúde – SUS e representa uma resposta às reivindicações históricas do movimento negro organizado no País.

A PNSIPN reconhece as desigualdades étnico-raciais e o racismo institucional como determinantes sociais das condições de saúde, com vistas à promoção da equidade em saúde.

Anemia Falciforme

No painel para debater sobre anemia falciforme o professor da Universidade Federal da Bahia, Gildásio Daltro, falou sobre o uso da terapia celular (células tronco), nas alterações ósseas e feridas crônicas das pessoas com anemia falciforme.

A doença falciforme é a doença genética mais frequente na população afrodescendente. Ela é hereditária e teve sua origem na África, mas hoje pode ser encontrada em diversas partes do mundo. Sua principal característica é o resultado de uma mutação ou alteração no formato da célula do sangue.

Pesquisas recentes indicam que o número de indivíduos com o traço falciforme seja de 7.200.000. Isso equivale de 2 a 8% da população geral do país.

*Com informações assessoria Erika Kokay

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